“É aos escravos, e não aos homens
livres, que se dá um prêmio para os recompensar por terem se comportado bem.”
Baruch Spinoza (filósofo do século 17)
Vêm aí pela frente as eleições de
outubro. Geralmente esse período a cada ano já provoca mais reflexão em todos.
Sendo ano eleitoral, ainda mais necessária é a reflexão. No calendário anual já nos encaminhamos para
uma espécie de reta final de uma corrida de obstáculos e de grandes testes de
resistência. Olhamos um pouco para um
calendário que já se foi, mês a mês, folha a folha, e resta pouco para
chegarmos ao final de um ciclo. Logo começará outro.
No trabalho pensamos nas metas, talvez
no período de férias que virá lá adiante. Na escola ou na faculdade vêm exames,
avaliações e mais exigências até que se finalize o semestre, o ano, com os
objetivos alcançados ou não. Se tivermos
um tempo ainda caberá uma avaliação e quem sabe um novo planejamento para
reequilibrar a vida.
Sinceramente faço votos que todos
possam ter esse tempo e essa lucidez. Que saibamos respirar, pensar, refletir,
reavaliar e, se necessário, recomeçar.
Pode ser um novo caminho, um novo rumo, uma esperança renovada. Pode ser
um outubro diferente dos anos passados. O importante é saber vive-lo.
Se for depositar seu voto com confiança
e esperança, que sejam estas fundadas numa reflexão muito séria. Que teus
candidatos mereçam teu voto. Se teu candidato a prefeito ou a vereador é um
professor ou um advogado ou tenha qualquer outra atividade, que seja uma pessoa
digna, coerente, comprometida. Observe se o patrimônio efetivo dessa pessoa,
se é compatível com o declarado, se ele
ou ela tem uma história de compromisso com a tua vida e com tuas necessidades, enfim, se te representam.
Afinal, é da natureza de homens e mulheres livres “se comportarem bem”. O que
significa isso? Que são cidadãos exemplares, imperfeitos, mas únicos e dignos
do teu voto.
Por Julio Dorneles
Professor, especialista em
administração pública. É teólogo e licenciado em história.