sexta-feira, 29 de maio de 2015

De repente, veio a crise.

A administração fazendária de Gramado anunciou (final de abril) que a crise financeira que afeta o mundo desde 2007/8, e que só se manifestou com mais força no Brasil a partir de meados do ano passado, finalmente chegou às contas municipais. O mais estranho disso tudo é saber que trimestralmente a administração foi à Câmara Municipal prestar contas e, pasmem, mesmo no primeiro trimestre deste ano apresentou números invejáveis a qualquer município brasileiro. O modo como ocorre agora o tal anúncio de “crise”, faz parecer que a admistração se deu conta que, ao chegar o momento de negociar avanços, inclusive financeiros, em sua relação com os servidores, tratou de anunciar um cenário crítico para as contas municipais no horizonte próximo. Ocorre que as contas não fecham com o anúncio. Os próprios números apresentados pela administração, disponíveis por diversos meios de consulta, entre eles, o Portal Transparência da própria prefeitura e os sites do Tribunal de Contas do Estado e da Secretaria da Fazenda do RS, demonstram um crescimento consistente e substancial das receitas de Gramado, de um patamar no período 2010/2012 para um andar acima a partir de 2013. Isso sem falar no fato de Gramado manter um percentual de receitas próprias na casa de 60% sobre suas receitas totais, algo muito raro entre os municípios brasileiros, que são em sua grande maioria superdependentes de transferências da União. A diversidade existente de receitas advindas de atividades industriais, agrícolas e de serviços, com o destaque para o turismo, deixa Gramado, desde que bem administrada, praticamente vacinada contra crises financeiras conjunturais. Tanto isso é verdade que o município já havia arrecadado de janeiro a março deste ano 25,31% do que havia estimado de receitas para o ano em seu orçamento (Fonte: Portal Transparência/Gramado). Fala-se muito na crise das finanças do Estado e, de fato, o governo Sartori tem retido transferências esperadas para áreas como a saúde (em especial para os hospitais) e segurança, contudo, as transferências de ICMS (uma das principais receitas do Estado e dos municípios) para Gramado de janeiro a abril deste ano foram 11,5% superiores as realizadas no mesmo período de 2014. Outro exemplo gritante está no fato de que as transferências relativas ao IPVA foram no mês de abril/15 mais de 50% superiores às mesmas em abril/14. Que crise é essa? De fato há um contingenciamento de transferências federais relacionadas a investimentos que indicam uma prudência, tendo em vista que o Congresso levou praticamente meio ano para aprovar o orçamento, e que aos poucos o Governo Federal está regularizando.Mas o substancial das transferências federais está vinculado à arrecadação, que depois de uma queda, retomou o crescimento. Se não é um mero “mi mi mi” preventivo da fazenda municipal, será que a administração errou na elaboração do orçamento anual para 2015? *Julio Dorneles é especialista em administração pública e consultor.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sobre novas mortes de peixes no Rio do Sinos

Muitos não sabem, mas a realidade é que temos "pequenas" mortes de peixes no Rio dos Sinos a cada enxurrada (chuva em grandes volumes). Morrem a cada chuvarada, principalmente no canal central de São Leopoldo, talvez 100 ou 200 peixes (até os mais Cascudos morrem). Por quê? Porque ali em poucos minutos se concentram grandes volumes de cargas tóxicas industriais e mesmo de esgoto. Isso não é nenhuma novidade para quem conhece o Rio dos Sinos. Somente a hipocrisia daqueles que não querem um sistema de monitoramento diário, perene, constante e vigilante pode justificar a surpresa ou então é simplesmente ignorância, desconhecimento. Neste ponto se concentram as maiores cargas de poluição por esgotos e por resíduos industriais num canal modificado, artificial, criado para conter as cheias do rio dos Sinos no centro de São Leopoldo. Nele é que os peixes recebem a maior concentração vinda de cidades "acima" de São Leopoldo e também desta. Alguns pobres peixes desavisados estão "subindo" Sinos e ali morrem já sem fôlego, outros já "descem" de poucos quilômetros acima mortos, conduzidos pela vazão.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Nova Direção da Famurs 2015-2016

Eleição da diretoria para o biênio 2015/16 - 21/05/2015 Eleição na sede da Famurs marca a escolha do prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (ao centro na imagem), como novo presidente da Famurs. A posse da nova diretoria será realizada durante o 35º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul, nos dias 1º e 2 de julho, no hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. A nova diretoria conta com representações do Paranhana (prefeito Tito Lívio de Taquara - AMPARA) e do Vale do Sinos (prefeito Sérgio Machado de Araricá - AMVRS).
Diretoria 2015/2016 Presidente - Luiz Carlos Folador (PT) - Candiota 1º Vice-Presidente - Ederildo Paparico Bacchi (PDT) - São João da Urtiga 2º Vice-Presidente - Marcelo Luiz Schreinert (PP) - São Jerônimo 3º Vice-Presidente - Sérgio Delias Machado (PMDB) – Araricá 1º Secretário - Tito Livio Jaeger Filho (PTB) – Taquara 2º Secretário - Luiz Augusto Fuhrmann Schneider (PSDB) - Uruguaiana 1º Tesoureiro - Dalvi Soares De Freitas (PSB) - Dom Feliciano 2º Tesoureiro - Eduardo Buzzatti (Dem) - Pejuçara Fonte: Ascom - Famurs (editado pelo blog).

A cara no fogo

Julio Dorneles*, 29 março/22 Disse Maquiavel em uma passagem de O Príncipe: “Os homens são tão simplórios e obedientes às necessidades imedi...