domingo, 13 de julho de 2008

Racismo na Europa




Tristemente a Europa revive ondas de perseguição racista na Espanha, na Itália, Alemanha... sintoma que ganha força com a ascensão ao poder de figuras de direita como Silvio Berluscone, aliado aos fascistas (em especial à Liga do Norte da Itália). Ciganos, africanos, homossexuais, emigrantes asiáticos, e outros “diferentes” são perseguidos em muitas cidades e capitais européias, reproduzindo-se noite e dias que acreditávamos que não se repetiriam.
Abaixo trecho de matéria especial publicada em El País.com, hoje, domingo, 13 de julho.

Nas fotos: Em destaque, Rebecca Covaciu; e com toda a sua família romaní.

“Querida Europa...”



A menina romena e cigana (romaní), Rebecca Covaciu, resiste a uma vida de perseguição e miséria. Uma viagem “de tristeza” desde Arad a Milão, Ávila, Nápoles e agora Potenza.


Aos 12 anos, Rebecca Covaciu – olhos grandes, dentes brancos, sorriso esplêndido – viveu e viu tantas coisas, que poderia escrever, se escrevesse, um bom livro de memórias. Rebecca é romena da etnia romaní (cigana), e passou a metade de sua vida nas ruas. Dormiu em um furgão, uma barraca, ao relento. Por alguns dias mendigou com seus pais pela Espanha e Itália. Em outros, viu destruírem sua barraca, foi agredida pela polícia italiana, ouviu encoberta por uma manta como seu pai era espancado por defendê-la, viu morrer crianças por não terem medicamentos, conheceu o medo dos ciganos que fugiram de Ponticelli (Nápoles) quando seu acampamento foi incendiado. Mas Rebecca resistiu. E provocou comoção na Itália com sua história em primeira pessoa. Uma carta em que resume seu sonho: ir ao colégio e que seus pais tenham trabalho.


Matéria na íntegra em:
http://www.elpais.com/articulo/internacional/Querida/Europa/elpepuint/20080713elpepiint_1/Tes

sábado, 12 de julho de 2008

Artigo de opinião

As dores do Rio – Direitos Humanos

Julio Dorneles*

Por muitos anos consecutivos assistimos a ladainha daqueles que teimam em atacar a luta pelos Direitos Humanos, por uma cultura de paz e, conseqüentemente, por um país mais justo e uma sociedade com eqüidade.
Dramaticamente, as recentes tragédias ocorridas no Rio de Janeiro, quando agentes do Estado encarregados de garantir a segurança pública, a ordem e a legalidade, violaram flagrantemente os direitos de crianças e adolescentes absolutamente indefesos. Famílias foram atingidas naquilo que têm como tesouro mais importante: os filhos.
Na última ocorrência com repercussão internacional, um menino, filho de um taxista, foi assassinado por agentes da polícia militar do Rio, em ação descabida, desproporcional, violenta e sem cuidado aos mínimos procedimentos ensinados pela própria academia de polícia.
Sempre existiu e sempre existirá alguém para dizer que os defensores dos Direitos Humanos existem e só aparecem para defender “bandidos”. Enganam-se e, muitos, pecam pela malícia e exploram a dor dos outros. Aqueles que defendem Direitos Humanos sempre existiram para denunciar todas as violações aos direitos fundamentais de todas as pessoas e, em especial, de pessoas como essas famílias e crianças impotentes diante de armas e ações violentas de agentes do Estado ou de qualquer outra força que atue de forma arbitrária e ilegal.
Todos que cometem crimes, agentes do Estado ou não, devem responder por seus crimes nos marcos da legalidade. Em casos específicos como os que assistimos recentemente, as famílias vitimas devem receber pesadas indenizações do Estado, ainda que por maiores que sejam não reparem as perdas sofridas. Isso é uma lembrança inquestionável de que a vida humana e a pessoa são irrecuperáveis. “Contra os fatos não há argumento”, afirmou o Secretário de Segurança do Rio. Cada pessoa é única e tem uma existência com sentido numa família, na comunidade e em sociedade.
Infelizmente, muitos brasileiros estão diariamente condenados à pena de morte sem qualquer julgamento. Enquanto isso, membros do Supremo Tribunal Federal (STF) apressam-se em garantir habeas corpus a corruptos e corruptores, e alguns policiais militares mal remunerados, despreparados e desequilibrados fazem de crianças objetos a serem descartados.


· Julio Dorneles é professor de história e especialista em administração pública (EA/UFRGS). São Leopoldo/RS – Brasil. – juliodorneles@hotmail.com – blog: http://www.juliodorneles.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Adivinha...



Só pra variar o Inter é novamente o campeão gaúcho de Juniores. Consagrado na tarde de hoje com uma goleada de 3 a 0 sobre o Cruzeiro-PoA (até porque o timinho da Azenha estava novamente fora da final - tá virando rotina!!!!).

Viva a gurizada colorada!

A cara no fogo

Julio Dorneles*, 29 março/22 Disse Maquiavel em uma passagem de O Príncipe: “Os homens são tão simplórios e obedientes às necessidades imedi...