sábado, 31 de dezembro de 2011

Rajoy impõe corte nos gastos públicos e aumento no Imposto de Renda

Espanhóis acordam com corte em gastos (investimentos) públicos e aumento violento no Imposto de Renda sobre a Pessoa Física. Um "presente" do novo governo de Mariano Rajoy (PP=direita) em "retribuição" à votação esmagadora que lhe deu a vitória e o governo central. O cara ainda mandou a vice-presidenta dar o anúncio, a Sra. Soraya Sáenz Santamaría. Me perdoem mas "Santa Maria" rogai pelos espanhóis, pois depois da tempestade ainda veio um terremoto!!

Você pode conferir o tamanho do estrago em www.elpais.com

Foto: CHEMA MOYA (EFE)
Observação: A vice-presidenta Santamaría também é a porta-voz do Governo del PP Espanhol

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

E se os peixes gritassem?

*Julio Dorneles

Em sete de outubro de 2006, o Rio dos Sinos foi atingido por um gigantesco crime ambiental, o qual levou à morte mais de um milhão de peixes. Esse crime ocorreu num contexto climático semelhante ao atual, com o Rio dos Sinos com o nível bastante baixo, uma vazão extremamente reduzida (especialmente no local da mortandade, a foz do arroio Portão) e uma grande carga orgânica (esgoto) no rio. Embora o ataque direto às prefeituras e às companhias de saneamento na época, restou comprovado que a causa da morte dos peixes foi a contaminação por produtos químicos lançados clandestinamente no arroio Portão, em Estância Velha. Ainda assim, os Municípios, cientes de que a carga de esgoto lançada diariamente no Rio dos Sinos e em seus afluentes contribui para a contaminação dos recursos hídricos da região, uniram-se sob a liderança de 12 cidades e seus prefeitos e fundaram o Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Pró-Sinos. Passados apenas quatro anos, o Pró-Sinos apoiou e articulou projetos junto aos municípios, CORSAN, COMUSA e SEMAE e ao Governo Federal. Esses projetos resultaram em mais de um bilhão de reais para ampliação do tratamento de esgotos e de água em nossa região. Aliás, 90% desses recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são voltados à implantação de redes e Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs). Destaque-se ainda que os recursos aprovados no PAC 1 e no PAC 2 representam nos próximos cinco anos a ampliação do tratamento de esgotos na Bacia do Sinos que efetivamente representam a ampliação gradativa do tratamento de esgoto em até 80% da carga de esgotos que era lançada diretamente no Rio dos Sinos e seus afluentes em 2006. Em 10 anos, projeta-se a ampliação desse índice para valores próximos a 90%, restando somente áreas rurais com tratamento primário, o que, na prática significará a universalização do saneamento nos municípios associados ao Pró-Sinos e que tem a prestação dos serviços de saneamento por companhias e autarquias públicas.
Contudo, muitas vezes, somos surpreendidos com críticas ferozes ao trabalho desenvolvido pelo Pró-Sinos. Não raramente, essas críticas não têm qualquer fundamento na realidade. Durante o ano de 2011, por exemplo, o senhor Ion Trindade (Sapucaia do Sul), que se diz escritor e ambientalista, publicou pelo menos uns três artigos em que ataca sem qualquer justificativa o Consórcio Pró-Sinos. Em seus artigos demonstra ignorar solenemente tudo o que está sendo feito não somente pelo Pró-Sinos, mas pela CORSAN, pelo SEMAE, pela COMUSA, pelos Municípios, pelo Governo do Estado e pelo Governo Federal. A quem incomoda maior tratamento de esgotos, maior fiscalização? Ou ainda: A quem incomoda monitorarmos diariamente o Rio dos Sinos e divulgarmos publicamente o resultado desse trabalho? Sem dúvida que tudo isso é só o começo. Muito ainda precisa ser feito e seguiremos fazendo.

Quando resgatamos 52 mil peixes agonizando em frente ao Humaitá (São Leopoldo), o senhor Rubem Martins, que nos auxiliava, declarou: “Se os peixes gritassem, o barulho seria ensurdecedor.” É verdade, seria sim. Eles gritariam com eloquência a indignação contra aqueles que insistem “em fazer de conta que o problema não é com eles” ou que “o problema é dos outros”. 
Hoje, o Pró-Sinos chegou a 26 municípios consorciados, restando apenas seis municípios dos 32 que compõem a Bacia do Rio dos Sinos para que o consórcio atinja a meta constante de seu Protocolo de Intenções por ocasião de sua fundação em 16 de agosto de 2007. Sejam bem-vindos ao Pró-Sinos os municípios de Cachoeirinha, Canela, Glorinha e Três Coroas para um ano de 2012 de muitas realizações.

Julio Dorneles é professor, especialista em administração pública e diretor executivo do Pró-Sinos.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Operação eleva para 50 mil o número de peixes retirados de área poluída do Sinos

Álisson Coelho


alisson.coelho@zerohora.com.br


Uma nova operação realizada na manhã deste domingo elevou para 50 mil o número de peixes retirados do Rio dos Sinos. Os animais estavam em um trecho altamente poluído do rio, próximo do centro de São Leopoldo.
Eles foram transportados até Sapiranga, onde voltaram para as águas do Sinos. A operação, batizada de Piracema, já havia sido realizada no sábado quando cerca de 25 mil peixes foram transportados.




Peixes recolhidos do Rio dos Sinos, em São Leopoldo.

Foto: Carlos Augusto Normann, Arquivo Pessoal / Elisa Schreiner, Arquivo Pessoal



Para ampliar a ação, desde às 7h deste domingo pelo menos 10 pessoas voltaram ao rio e retiraram outros 27 mil animais. O trabalho, organizado pelo Consórcio Pró-Sinos, deve ser realizado novamente no próximo sábado.

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2011/12/operacao-eleva-para-50-mil-o-numero-de-peixes-retirados-de-area-poluida-do-sinos-3592678.html

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

OPERAÇÃO PIRACEMA no Rio dos Sinos


 O Consórcio Pró-Sinos organizará na manhã deste sábado, 10 de dezembro, às 8h, a OPERAÇÃO PIRACEMA, cujo objetivo é retirar os peixes que se encontram agonizando no trecho de São Leopoldo e levá-los em segurança até a Prainha do Rio dos Sinos, em Sapiranga. O local de início da operação será junto ao barco Martim Pescador, na Rua da Praia (localizada entre as margens do rio), no bairro Rio dos Sinos, em São Leopoldo. “Há condições ambientalmente adequadas para a reprodução e o desenvolvimento dos peixes no trecho médio do Rio dos Sinos a partir de Sapiranga”, afirma o diretor executivo do Pró-Sinos, Julio Dorneles.
A operação contará com o auxílio de um caminhão com tanque de água e cilindros de oxigenação para suportar aproximadamente 4 mil peixes e será acompanhada pela Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Federal, que darão as condições de segurança e logística para o transporte. Esta ação recebeu o sinal positivo do prefeito de São Leopoldo e presidente do Pró-Sinos, Ary Vanazzi, tendo apoio da Defesa Civil, voluntários, biólogos, instituições parcerias e colaboradores do Consórcio.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Poder público começa a entrar em campo para enfrentar as questões ambientais

Poder público começa a entrar em campo para enfrentar as questões ambientais
A questão ambiental deixou de ser encarada pelos políticos como obrigação de uns poucos engajados na causa. Hoje, as administrações municipais têm que trabalhar para que a preservação da natureza seja real. Por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo federal faz com que certas normas e leis ambientais sejam cumpridas para que os recursos continuem sendo repassados às cidades.
Contudo, tecnologias de preservação existentes no Brasil são defasadas se comparados aos processos utilizados na Europa. Segundo Julio Dorneles, diretor executivo do Consórcio Pró-Sinos, grupo formado por prefeituras de cidades banhadas pelo Rio dos Sinos, existem leis ambientais em vigência, mas metodologias e custos estão longe do padrão europeu. Há deficiência também na geração de energia e reaproveitamento de recursos recicláveis.
Um claro exemplo de defasagem de tecnologias utilizadas no país, segundo Luiz Alberto Carvalho Junior, secretário de Meio Ambiente de Santa Maria, é a proibição de aterros sanitários na Europa. A regra passa a valer a partir de 2014. Enquanto no Brasil, a partir de 2012 serão proibidos os lixões.
Normas e leis propostas pelo governo federal buscam minimizar esses problemas. Existem regras, como a Política Nacional de Saneamento Básico, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Além disso, há a possibilidade de consórcios públicos voltados à preservação ambiental. Cidades, como Santa Maria, criam planos de arborização e saneamento, que consiste em programar a curto, médio e longo prazo a destinação de esgoto pluvial e cloacal, resíduos e abastecimento de água.
Os municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos pretendem ampliar em um período de 5 a 10 anos o tratamento de esgoto, chegando próximo aos 100% na região. No segmento de reciclagem, as cidades que fazem parte do grupo têm a intenção de alcançar mais de 145 mil toneladas de resíduos reciclados, que retornarão ao ciclo produtivo.
Com investimentos em crescimento sustentável nas cidades, não somente a natureza será beneficiada, mas também a sociedade. “Todas as políticas públicas trazem garantias de qualidade de vida para a população. Cidade que investe em boas condições ambientais reduz gastos com Saúde Pública”, afirma Luiz Alberto Carvalho. Julio Dorneles salienta “Atendendo as exigências legais, os municípios continuam recebendo recursos do PAC. Com essas diretrizes a população terá garantido pelos próximos 20 anos serviços e tratamento adequado para água, esgoto e resíduos sólidos. Os municípios também poderão arrecadar recursos para o desenvolvimento das determinações.”


Roberto Nichetti
Especial Fiema Brasil/Assistente de AI
imprensa1@fiema.com.br

A cara no fogo

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