quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dia da Reforma : a libertação do Cativeiro Babilônico em que vivia a Igreja Cristã



Em 31 de outubro de 1517, um jovem monge agostiniano - Martinho Lutero (já doutorado nas Escrituras Sagradas) publicou (afixou) suas 95 Teses "Sobre o Poder e a Eficácia das Indulgências" quanto à salvação da pessoa humana. Ergueu-se um voz que até hoje não se cala e que possibilitou à Igreja Cristão libertar-se do "Cativeiro Babilônico" em que o Papado a havia encerrado.





"O Justo Viverá SOMENTE pela FÉ!"
Rm 1,17



Poderia a Igreja (qualquer uma!) negociar ou vendar "salvação"? Pode haver algum tipo de negociação entre o Ser Humano e Deus? Mediada ou não por sacerdotes? Pelo Clero?

De modo algum: ela (a salvação) é por GRAÇA (gratuitamente) oferecida por Deus a todo aquele que nEle crê...



Esta foi a doutrina central da Reforma Luterana. Lutero, de início, não podia compreender como a "justiça de Deus se revela no evangelho" ("visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé". Rm 1:17). Para ele, a justiça de Deus só poderia condenar o ser humano, não salvá-lo. Tal justiça não seria "boas novas" (evangelho).

Só quando compreendeu que a justiça de que Paulo fala nesse texto não é o atributo pelo qual Deus retribui a cada um conforme os seus méritos (o que implicaria em condenação para o ser humano), mas o modo como Ele justifica o ser humano em Cristo, é que a luz raiou em seu coração e a verdade aflorou em sua mente. Tornou-se, então, um ser humano livre, confiante e certo do perdão dos seus pecados. Compreendeu o evangelho!

O Evangelho é a manifestação dessa justiça de Deus, que é recebida somente pela fé. Não é produzida pelas obras, pois o ser humano não as têm. "Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado"... "concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" Rm 3:20,28).

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