quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Inflação na América do Sul

Quem lembra do Alckmin (PSDB) e da Heloisa Helena (PSOL) falando do crescimento superior ao brasileiro pelos nossos vizinhos (Argentina, Venezuela...), pois é, eu já dizia: que adianta acreditar que se está crescendo a 5, 8 ou 10% que seja se esse crescimento não é real e não distribui renda. Então, Venezuela (22,5%), Bolívia (11,7%) e Argentina (8,5 a 9%) lideraram o ranking da inflação na América Latina em 2007, e segundo especialistas a inflação argentina é ainda maior (em torno de 15 a 20%) e só não aparece porque o governo peronista a encobre.
Lição: o Brasil precisa seguir crescendo (devagar e sempre) mas com a inflação sob controle e distribuindo renda, gerando empregos. Quem sabe além de garantirmos as cotas (de acesso gratuito) para os mais pobres nas universidades públicas, possamos estabelecer cotas de contribuição (pagamento de mensalidades) para a boa parte dos alunos das universidades públicas que são filhos de ricos empresários, latifundiários e de famílias aristocráticas para que esses recursos sejam replicados em investimentos nas próprias universidades públicas seja em pesquisa, equipamentos, e garantia de bolsas de Pós-Graduação para alunos de baixa renda??!!! Não seria uma boa?!

JD


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Fonte da notícia: Agência Estado : mais detalhes abaixo:

Venezuela, Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile foram os países da América do Sul que registraram os maiores níveis de inflação em 2007. Com um forte racionamento de alimentos básicos durante o ano passado, a Venezuela teve uma alta acumulada em seu custo de vida da ordem de 22,5%, o que a colocou no primeiro posto da lista entre os países da região.
De acordo com analistas, a Argentina seria a segunda colocada, com uma inflação anual entre 14,5% e 20%, segundo consultorias. Mas o índice oficial do questionado Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, que será divulgado na próxima segunda-feira (dia 7), indica que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) oscilará de 8,5% a 9%.
Como o que conta é o índice oficial, quem ocupa o segundo lugar é a Bolívia, cuja inflação acumulada atingiu 11,7%, três vezes mais que a projetada pelo governo de Evo Morales, no início de 2007, de 3,7%. A Argentina está disputando com o Uruguai o terceiro posto do ranking da inflação, já que o presidente uruguaio Tabaré Vázquez tampouco conseguiu cumprir sua projeção inicial de 4,5% e fechou o ano com 8,5%. A alta de 18,3% dos alimentos no Uruguai pressionou o IPC, registrando a maior alta dos últimos quatro anos.

Fora da meta
O Chile foi outro país que sofreu com a pressão inflacionária e terminou o ano passado com uma inflação de 7,8%, informou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas. O número é o mais alto dos últimos 12 anos e está bem distante da meta inicial do Banco Central chileno que era de 3% e depois passou para 5,5%. A inflação do Chile em 2006 foi de 2,6%. Segundo o presidente do BC chileno, Vittorio Corbo, a inflação foi provocada pela alta internacional dos alimentos, do aumento das verduras e frutas durante o duro inverno no país e da alta do petróleo, já que o Chile é importador de todo petróleo e gás que consome.
Também houve uma leve aceleração dos preços no Brasil, que teria fechado o ano com um aumento de 4,3% da inflação, segundo estimativas, ante 2,9% de 2006.

Inflação baixa
Entre os países com inflação mais baixa, destaca-se o Equador, onde o IPC de dezembro ainda não foi divulgado, mas as estimativas oficiais e privadas apontam para o índice anual em torno de 2,7%. O Peru é outro que registrou um índice de apenas 3,9%, uma cifra elogiada pelos economistas diante do forte crescimento econômico de 8%.
No Paraguai, embora a inflação tenha fechado 2007 com um acumulado de 6%, o índice caiu pela metade, comparando com 2006, quando fechou em 12,5%. O país também apresentou bom índice de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), da ordem de 6%. Para o economista da consultoria argentina Finsoport, Horacio Larghi, o principal motivo de pressão da inflação na região foi o aumento internacional dos preços dos alimentos.

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