terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Clima tenso no Oriente Próximo e Oriente Médio


Nesses dias de Carnaval os Estados Unidos resolveu adotar a oposição ao regime da Guarda Revolucionária Iraniana. O clima chegou a altas temperaturas, infladas por uma possível ação do serviço secreto (o sempre eficiente Mossad) israelense que eliminou um dos líderes do Hamás em Dubai e das forças da OTAN (leia-se forças do império norte-americano no Oriente Médio) que teriam capturado o estrategista e chefe militar da Al Qaeda no Afeganistão: o mulá Abdul Ghani Baradar. Por óbvio, o Talibã nega a captura de seu líder militar.


Mahmud Abdel Rauf - al Mabhuh - foi o fundador das Brigadas de Al-Qasam, o braço armado do Hamás. Seguindo o velho roteiro, as Brigadas de Al-Qasam anunciaram que vingarão a morte de Mabhuh "em lugar e tempo oportunos".


Em meio a tudo isso o ministro das relações exteriores do Brasil, Celso Amorin, participou em Madri (Espanha) de reunião ministerial da UE, com destaque para a Sra. Katherine Ashton, Alta Representante para Política Externa e Segurança Comum da UE, e do ministro dos assuntos externos da Espanha, Miguel Ángel Moratinos. (veja foto de El.país.com - agência Reuters).


Segundo Ashton, o Brasil tem papel chave na resolução do contencioso nuclear com o Irã. Celso Amorin afirmou que o Brasil está disposto a favorecer o diálogo entre a agência atômica (OIEA, Organismo Internacional da Energia Atômica) e o Irã a fim de garantir que este tenha um programa nuclear pacífico.
Esta, aliás, também é a opinião do próprio Ahmadineyad, que veio ao Brasil no ano passado buscando em Lula uma interlocução de peso internacional diante do isolamento do Irã na chamada "comunidade internacional".


Hillary Clinton, secretária de estado dos EUA, afirmou nesse mesmo contexto que o Irã "caminha para uma ditadura militar", mediante o crescente poder da Guarda Revolucionária Iraniana que, começando por Mahmud Ahmadineyad, tem ocupado quase todos os postos importantes do governo iraniano.


Lembremos que uma das maiores humilhações a que o império norte-americano viu-se submetido ao longo de suas inglórias jornadas foi a Revolução Islâmica (iraniana), em 1979, que teve peso tão significativo ou até maior que a guerra do Vietnã no imaginário dos estadunidenses na segunda metade do século 20. Isto porque ainda hoje está na agenda cotidiana da "inteligência" norte-americana e na pauta estratégica dos EUA para o século 21.

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